quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Dificuldades de ser super mãe ou super mulher

Eu não sou super nada. Até já tentei ser. Tentei ser a super mãe que pariu de parto normal, mas a natureza não quis; já quis ser a super mãe que amamentou, mas não deu. Já quis ser a super filha e ser obediente e nunca responder ou brigar com meu pai ou minha avó, mas não deu e não dá pois somos diferentes "graças a Deus"; já quis ser a mulher 100% sorridente e carinhosa, mas a rotina de casa + filhos + ser mulher não me dá 100% de razãoes para ser Poliana todos os dias.

No final das contas, eu decidi ser eu mesma. Dá mais certo. Pois do que me adianta tentar "ser" e esquecer o que me faz ser feliz, do que me mantém segura e com vontade de seguir a diante?

A verdade é que tem dias que eu não tenho paciência nenhuma em sentar e brincar com minha princesa que tanto amo; em outros não tenho vontade nem mesmo de atender um telefone; tem semanas que minha unha está quebrada e com resto de esmalte e até tem dias que não dá tempo nem de tomar um banhinho sequer; tem dias que eu queria ser outra pessoa e tem outros que sou feliz por ser eu mesma; em outros estou contente e com vontade de abraçar o mundo! Nada mais normal. Sou normal.

Assumir que somos é parte do processo de buscar a felicidade. É bem diferente do que inventar um personagem e sair por aí fingindo ser quem não é. É melhor ser original e menos radical do que levantar bandeiras que nem sempre podemos sustentar. É melhor errar e acertar. É melhor tentar do que não tentar.
É melhor ser verdadeiro,  olhar para dentro de si e se avaliar, se conhecer do que olhar para o outro e tentar  encontrar o que vc gostaria de ter e não pode ter. 

É melhor se amar.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Mães que estudam

Acordei às 4 da matina e comecei a minha recém rotina de estudos. Uma retomada de uma possibilidade de futuro que estava guardada faz muito tempo dentro de mim. Não é fácil, ter disposição, ter motivação. Não é fácil sentir que seu corpo pede descanso, entretanto, a mente (a razão) diz que sua vida hoje tem de ser assim, um pouquinho mais sacrificada, portanto, uma amélia diplomada um dia tem que mudar de status.

Muitas mulheres na minha família tem rotina parecida. Estudam, cuidam da casa e dos filhos e trabalham. Dupla, tripla jornada, quádrupla jornada. Me coloco no lugarzinho de cada uma delas e fico feliz quando vejo superação de obstáculos e vitórias, isto me motiva a crescer. Entretanto, ás vezes me sinto muito culpada por estar cansada e não ter tanta paciência com minha pequena ou por tantas vezes resmungar e resmungar sobre a vida. Coisas que só descobri agora depois da maternidade. A culpa é viciante e parece uma bengala a ser usada como desculpas para não fazer o que deve ser feito. 

Quem entende o que é ser mulher? Só uma mulher, claro!

Pois assim vivo neste momento entre as tarefas da maternidade e os sonhos de uma menina-mulher. Quero vencer profissionalmente, quero ser mais feliz ainda do que sou hoje. A única coisa que não quero é me sobrecarregar e esquecer o sentido mais importante da vida: viver sem pressa. 

Viver sem pressa já que parece que foi ontem que minha princesa nasceu e aí a culpa volta de novo...poderia estar deitadinha com ela, sentido o cheirinho dos cabelinhos encaracolados, mas, pensar no futuro também uma forma de dizê-la que estou pensando em nós e não em "mim". Depois de pensar assim compreendo o motivo pelo qual muitas de nós continuam persistindo em seus empregos "ás vezes" mal pagos, cursos cansativos, rotinas pesadas etc.; continuam para que a vida gire e gire e o futuro seja melhor. Na verdade depois da maternidade tudo que fazemos é em prol da vida dos nossos pequenos pois senão nenhuma luta teria tamanho sentido.



Bom dia a todas.


quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Saudades da Amélia, será?






Minha avó, sabida que só ela, costuma falar que nos dias de hoje sem dinheiro o amor sai pela janela. Será? Ela também fala que as coisas mudaram e que hoje os homens não são como antes - Como assim?



Nunca vi fazer tanta exigência
Nem fazer o que você me faz

Você não sabe o que é consciência
Não vê que eu sou um pobre rapaz



Você só pensa em luxo e riqueza
Tudo o que você vê, você quer
Ai meu Deus que saudade da Amélia
Aquilo sim que era mulher



As vezes passava fome ao meu lado
E achava bonito não ter o que comer
E quando me via contrariado dizia
Meu filho o que se há de fazer



Amélia não tinha a menor vaidade
Amélia que era a mulher de verdade



Ataulfo Alves / Mário Lago


Feminismo demais? Não sei. O que falar da cançãozinha singela aí de cima. O rapaz diz que a mocinha só pensa em luxo ou riqueza e que Amélia era a mulher de verdade por que não tinha luxos ou vaidades.

Ouso discordar da canção e também discordo em parte das afirmações da vovó. as amélias de hoje saem às 5 da matina para ralar e encontram tempo para levar os filhos à escola e vão à faculdade pq só o dindin do marido não traz comida, escola e lazer para casa; as amélias de hoje se informam sobre os diversos tipos de partos, contraceptivos e linhas de educação; as amélias de hoje sabem que podem conquistar muitas coisas se derem duro pois ainda somos discriminadas por nosso "sexo frágil"; as amélias vão ao supermercado; cuida do marido; dos filhos; querem ser gostosas e ter o esmalte da moda nas unhas!

A parte em que concordo com vovó é no sentido de que o Homem deve chegar junto! Dar valor a sua mulher e ajudar a construir um lar; dar exemplo aos filhos. E aí pode ser que se não houver companheirismo o amor saia pela janela.

A musiquinha daí de cima já caiu muito em desuso. Hoje tudo está muito diferente e para melhor! Concordam?
Bjs 
Aline
Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento. Clarisse Lispector


Viver será isto? Ultrapassar qualquer entendimento? Talvez sim. Como mulher, todos os dias, ultrapasso meus limites. Vivo aos extremos e ainda assim tento encontrar um ponto de equilíbrio entre a razão e a loucura. Loucura? Sim, loucura, pois nos dias de hoje somos multimídia, multi-mãe, multi-tarefas. E aí pergunto a vocês queridas Amélias Diplomadas, temos ou não temos razão em nos render e mergulharmos profundamente na vida já que o sentido maior da vida é justamente viver. 

Acho que a mulher foi criada muito além do que procriar (risos); a mulher é um ser que possui a capacidade da intensidade, do tudo ou do nada! Lavamos, cozinhamos, damos uma olhadela no face pelo celular e outra nos filhos a pular no sofá, estudamos, trabalhamos e mais tarde nos perfumamos para estarmos impecáveis (sim, alguns clichês da sociedade nunca mudam...desde que o mundo é mundo a mulher sempre faz de tudo para estar cheirosinha à chegada do marido, isto por que ninguém merece ser descabelada 24 hs e por aí a concorrência é desleal). Assim é que também neste exato momento estou ás voltas com esta postagem e uma criancinha de 1 ano e 7 meses que insiste em não dormir a soneca da manhã e dar 5 minutinhos de respiro para a mamãe. Concluindo: Ser mulher é muito mais do que parir!

Então, se as amigas se identificaram com este cantinho meigo sintam-se a vontade para entrar e falar e falar...Aqui o mundo é nosso! Aliás o mundo lá fora também já nos pertence!

Bjs
Aline